RECICLANDO COISAS (IN)ÚTEIS DO SEU DIA A DIA


A história dela é uma história comum. Comum? Sim, comum. Comum, mas dramática, uma lição para muita gente. Gente queixosa, que vive achando razões para justificar um injustificável amuo. Olhe, leitora, leitor, bem que a história lhe pode ajudar, bem que pode.

Que tal quebrar o pescoço para acordar para a vida? Não, não é figura de retórica, efeito literário, nada, verdade. Que tal quebrar o pescoço, ficar sem nenhum movimento físico do pescoço para baixo?

A história da Mara é uma história “comum”, mas de um elevado significado para muita gente. Mara tinha 26 anos quando tudo aconteceu. Ela vinha de carro com o namorado, um acidente e tudo lhe foi diferente a partir de então. O namorado saiu inteiro e Mara ficou em coma. Quando acordou não movia mais o corpo. A história está na Veja.

Até aqui a história da Mara é “comum”, afinal, incontáveis pessoas pelo mundo passam por essas tragédias. Inevitáveis? Talvez. Ocorre que Mara, que agora tem 42 anos, era muito agitada, não se via feliz, nada a fazia aquietar-se. Vou lhe repassar, leitora, um trecho das declarações dela na Veja e veja se não lhe podem ajudar…

Mara falando: “Eu sofria de ansiedade extrema e tentei de tudo para me apaziguar — até acupuntura fiz para aliviar a barra. Fumava maços e maços por dia, fazia um monte de coisas ao mesmo tempo e nada me causava satisfação…”

Acho que não é preciso dizer mais. A leitora, o leitor, já entenderam. Muitos de nós vivemos assim, infelizes e sem razão para isso. Os legítimos que são felizes e não sabem. Até que quebrem o pescoço e acordem para a vida. Esse quebrar o pescoço pode ser um mal qualquer, mas necessário para que a pessoa se dê conta de que estava a jogar vida fora e a não viver.

Agora me diga, leitora, pode uma coisa dessas? Claro que pode, é o que mais fazemos na vida, jogar tempo fora, nos queixarmos de tolices, vivendo angústias e ansiedades por banalidades… até que, bom, até que a vida nos faça escorregar na escada. Nada mais estúpido. Mas, infelizmente, é assim que muitas pessoas acordam.

Saber-se vivo, com saúde, ter família, amigos, escola onde estudar, emprego que nos realiza, liberdade e não muito mais do que isso é a essência da vida e da felicidade. Mas diga isso à maioria, diga. Vão dizer que é pouco… Dirão isso até cair da escada… E acordar.