Dia desses, um pobre diabo, que se dizia sindicalista, fez uma frase para uma pessoa perto de mim que me fez arrepiar os cabelos, de pena, pela burrice dele, e, mais do que tudo, pela formidável estupidez.
O sujeito dizia que os funcionários não devem ser trouxas e se entregar a esses treinamentos que as empresas “gentilmente” lhes oferecem. A tese do sujeito é a de que o treinamento só visa ao enriquecimento do empresário e que, com essa qualificação extra, o funcionário trabalha mais, põe mais dinheiro na empresa, e ele mesmo fica pobre como sempre…
Pode haver burrice maior? Treinamento é uma oportunidade que a empresa oferece e os inteligentes aproveitam. O funcionário esperto aproveita o que pode, sabe que treinamento é conhecimento, informação qualificada, competência que ele vai agregar ao seu trabalho. Quem não vê isso? O cego “classista” não vê.
O sujeito bem treinado hoje, como funcionário, bem que pode ser, amanhã, ele mesmo um empregador, um empresário, um empreendedor. Quem diz que não, quem diz que não é possível?
Todo ensinamento, toda experiência conquistada, acumulada num determinado emprego, é investimento pessoal. Claro que a empresa visa à otimização dos lucros ao treinar funcionários para melhorar a performance, mas por acaso o funcionário também não melhora sua proficiência na vida comercial, corporativa?
Refinada estupidez funcionários darem de ombros para os treinamentos; são burros, desculpem-me, e olhe que não sou empregador, sou empregado. Mas que é burrice, é.
Aliás, vou deixar muito claro que o funcionário que não se envolve com o crescimento da empresa que o paga, que não se doa, que não participa de boa vontade dos treinamentos, soma pontos contrários ao seu crescimento. Fica vulnerável pensando que é esperto, que não quer se explorado. Será explorado por sua própria desatenção, não quero mais usar hoje a palavra burrice…
Já contei aqui de funcionárias, eu disse, funcionárias, que diante de um treinamento de domingo à tarde, um café colonial oferecido pela loja ao tempo em que também realiza um treinamento, funcionárias perguntam se vão pagar hora extra… Esse tipo de gente fica na marca do pênalti, desculpe-me a expressão chula. E do pênalti ao olho da rua é um chutezinho de nada.
Espertos aproveitam treinamentos, burros reclamam.